quinta-feira, 30 de outubro de 2025
RN pode perder até R$ 1 milhão em receitas com paralisação da Agência Nacional de Mineração
A paralisação das atividades da
Agência Nacional de Mineração (ANM), devido à falta de recursos orçamentários,
pode causar uma perda de cerca de R$ 1 milhão na arrecadação da Compensação
Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) no Rio Grande do Norte
até o fim de 2025. A estimativa da Secretaria de Estado do Desenvolvimento
Econômico (Sedec) considera os impactos tanto para o estado quanto para os
municípios.
De acordo com Paulo Morais,
Coordenador de Desenvolvimento Mineral do RN, com a paralisação, operações
minerárias poderão sofrer atrasos ou bloqueios nas etapas de autorização e
renovação de títulos minerários, licenciamento ambiental ou concessão de pesquisa
e lavra: “A própria ANM já informou que suas atividades de outorga, gestão e
fiscalização estão comprometidas. Isso significa maior tempo de espera para
obtenção de títulos de pesquisa e lavra, adiamento de novos projetos e aumento
de custos”.
No RN, até outubro de 2025, já foram
arrecadados cerca de R$ 7,7 milhões com a CFEM, segundo dados da ANM e da
SEDEC. Para o coordenador, esses recursos “reforçam o orçamento municipal,
viabilizam investimentos em infraestrutura, saúde, educação e desenvolvimento
comunitário”.
Os investimentos no setor mineral
potiguar também serão impactados. O estado é produtor de minérios como
scheelita, rochas ornamentais, feldspato e ouro. A paralisação da ANM deve
provocar maior tempo de espera para a obtenção de títulos de pesquisa e lavra,
adiamento de novos projetos e aumento de custos. “Essa incerteza regulatória
tende a afastar investidores e elevar o custo de capital de quem pretende
investir no setor mineral potiguar”, disse o coordenador.


