quarta-feira, 21 de maio de 2025
Aposta Online: Influenciadores digitais de Natal, Parnamirim e Macau são alvos de operação que investiga lavagem de dinheiro
Influenciadores digitais das cidades
de Natal, Parnamirim e Macau foram
os alvos da operação “Shadow Influence”, deflagrada nesta quarta-feira (21)
pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte contra um esquema de lavagem de
dinheiro por meio de plataformas de apostas online.
Segundo a corporação, os
influenciadores atuavam como intermediários financeiros e colaboravam
diretamente com lavagem de dinheiro ilícito por meio das redes sociais.
Também nesta quarta, a polícia
deflagrou a operação “Cassino Royale”, que tinha como alvos empresários e
operadores de plataformas virtuais de apostas. Segundo a polícia, a operação
combate o núcleo estrutural do "esquema bilionário" de lavagem de
dinheiro.
"Ainda está sendo apurado se há
uma organização criminosa ou não. A princípio, cada digital influencer
divulgava da sua própria forma, sem qualquer vínculo entre si, mas com vínculo
às plataformas. Eles usavam contas demo (demonstração), são contas viciadas
para sempre ganhar e convencer as outras pessoas a jogar", disse o
delegado Bruno Vitor, da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção e
Lavagem de Dinheiro.
Segundo a corporação, foram cumpridos
15 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte, São Paulo,
Pernambuco e Maranhão.
Ao todo, seis influenciadores são
investigados, bem como dois donos de plataformas e três empresas são
investigados.
Cerca de R$ 40 milhões foram
bloqueados nas contas de investigados.
Além do bloqueio de valores, as duas
operações resultaram na apreensão de cerca de R$ 30 mil em espécie, 12 veículos
de luxo, uma motocicleta, relógios de alto valor, joias, ouro, aparelhos
celulares, computadores, documentos, moedas estrangeiras, materiais de
propaganda de jogos de azar e criptoativos avaliados em aproximadamente R$ 68
mil.
"Roletas, jogo do Tigrinho,
cassinos, rifas online, tudo isso continua sendo ilegal e continua sendo
contravenção penal. Então, quem apoia, quem divulga, quem ganha dinheiro com
isso, quem mantém esse tipo de jogo de azar, continua sujeito à prisão, busca a
apreensão e bloqueio de bens. Então, que hoje esse trabalho da delegacia fique
de alerta para as pessoas. Isso é contravenção. O que vocês ganham a partir
disso, pode ser lavagem de dinheiro e um dia a conta vai chegar", afirmou
o promotor Augusto Lima, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) do Ministério Público do RN.


