Registro de déficit nas contas públicas municipais tornará 2025 ano desafiador para prefeitos
O site Brasil 61 oferece informação sobre dados mais recentes divulgados pelo
Banco central revelam que, apesar de o setor público consolidado – composto
pela União, estados, municípios e empresas estatais – ter registrado, em
outubro, um superávit primário de R$ 36,8 bilhões, os governos
municipais, separadamente, apresentaram resultado negativo de R$ 3,6 bilhões.
No mesmo mês do ano passado, houve
déficit de R$ 1,4 bilhão para esses entes. Diante desse quadro, o ano de 2025
será desafiador para as gestões locais, sobretudo para os novos prefeitos que
assumem a partir de janeiro. A avaliação é do especialista em orçamento
público, Cesar Lima. Segundo ele, entre as medidas necessárias para reverter
esse cenário está o enxugamento da máquina pública.
“O déficit geralmente se apresenta na
forma de um crescimento de despesas obrigatórias, principalmente em anos
eleitorais, com as despesas de pessoal. Claro que há limitações para isso,
segundo a lei, mas muito provavelmente o que acontece é uma inflação da máquina
pública a fim de conseguir cabos eleitorais para os prefeitos que estão
tentando se reeleger. Quem entrar, ou mesmo aqueles que se reelegeram, a
primeira coisa que vão fazer vai ser enxugar a máquina pública a fim de ter de
volta sua capacidade de investimento”, considera.
Na avaliação do professor de Ciências
Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Vladimir Maciel,
normalmente, o primeiro ano de mandato dos gestores eleitos costuma ser
desafiador.
"Os prefeitos vão ter pouca
margem de manobra para cumprir promessas de campanha. Os primeiros dois anos de
mandato vão ser de ajuste fiscal, caso eles queiram entregar alguma obra mais
no fim do mandato, alguma coisa de maior monta, porque nos dois primeiros anos
não vai ter de onde tirar", destaca.
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