Vice-governador de Fátima confirma que sua vaga será ocupado por Walter Alves no próximo pleito
Agora RN
O
vice-governador do Rio Grande do Norte, Antenor Roberto (PCdoB), confirmou que
já foi comunicado oficialmente que o vice na chapa encabeçada por Fátima
Bezerra na disputa pela reeleição será do deputado federal Walter Alves (MDB).
Em
entrevista ao Jornal da Manhã, Jovem Pan News Natal (93,5 FM), o atual
vice-governador disse que a estratégia na composição da chapa foi
"imobilizar e desmobilizar" a oposição e que, nesse momento, o papel
de Walter Alves será o de trazer apoio do maior número de prefeitos pelo
interior do Rio Grande do Norte.
Citando as movimentações políticas realizadas pelo grupo liderado pela governadora Fátima Bezerra, Antenor Roberto lembrou que a primeira ação que, segundo ele, garantiu o enfraquecimento da oposição e fortalecimento do projeto político que está no comando do Estado foi a entrada de Carlos Eduardo (PDT) no grupo como candidato a senador. O ingresso, no entendimento de Antenor Roberto, atrapalhou os planos do prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), de disputar a eleição.
"Todo mundo sabe que imobilizamos não só Carlos Eduardo, que queria vir
para nosso campo político e era a tradição dele, mas imobilizávamos também
aquele que queria muito ser candidato que era o prefeito da capital. Era o
candidato que estava 'com a faca nos dentes'. Então, houve essa desmobilização
da oposição", explicou o vice-governador.
Agora, com a entrada de Walter Alves, Antenor Roberto disse que a aliança entre
o MDB e o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB),
também deixou de lado a possibilidade de participar da oposição, contribuindo
para o projeto político de Fátima Bezerra. "Foi a grande jogada última
para criar o ambiente e a gente acomoda o MDB como vice no RN. Plano cantado em
verso e prosa".
Questionado sobre os motivos pelos quais a governadora Fátima Bezerra teve
preocupação em desmobilizar a oposição, já que considera que está com aprovação
e boas perspectivas de vitória, Antenor Roberto disse que a movimentação faz
parte da política. "Por que não conseguiu se ter um candidato competitivo
com Fátima até agora? Porque o papel em eleição não é correr risco. Ninguém vai
projetar o antagônico. Vai desidratá-lo. Quando se traz da oposição, você ganha
duas vezes. É uma regra objetiva", justificou.
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