segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Telefonia: Justiça decreta falência da operadora Oi
O Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro (TJ-RJ), por meio da 7ª Vara Empresarial, decretou nesta segunda-feira
(10) a falência do Grupo Oi. A operadora, que enfrentava dificuldades
financeiras há anos, viu sua situação se deteriorar após as fusões com a Brasil
Telecom (BrT) e a Portugal Telecom.
Com dívidas acumuladas e já em sua
segunda recuperação judicial, a empresa teve a falência decretada após o
administrador judicial, Bruno Rezende, pedir o reconhecimento da insolvência na
última sexta-feira (7). Em outubro, o valor devido a fornecedores fora do
processo de recuperação somava R$ 1,7 bilhão — meio bilhão a mais que em junho.
“Não há mais surpresas quanto ao
estado do Grupo em recuperação judicial. A Oi é tecnicamente falida”, escreveu
a juíza Simone Gastesi Chevrand, na decisão.
O tribunal entendeu que a Oi
descumpriu compromissos previstos no processo de recuperação judicial, além de
outras obrigações financeiras fora dele. Além disso, foi constatado que a
companhia chegou a uma situação de esgotamento dos seus recursos — o que a lei
chama de “liquidação substancial”.
O despacho ainda destacou que a
operadora acumulou dívidas acima do que poderia pagar, enquanto seu patrimônio
diminuía progressivamente com a venda de ativos e novas obrigações financeiras.
Isso resultou em perda de valor sem trazer benefícios concretos à atividade da
empresa.
Mesmo diante de uma situação
considerada “falimentar”, a companhia não reconheceu oficialmente essa
condição. Segundo a juíza, em vez disso, a empresa tentou aplicar “novas
manobras gerenciais”, incluindo a proposta de uma terceira recuperação
judicial.

