FPM: regulamentação da reforma tributária pode impactar nos valores repassados aos municípios
Os debates sobre a reforma tributária
seguem em evidência no Congresso Nacional. Ao longo da semana, parlamentares
discutiram sobre os impactos das mudanças no setor imobiliário, com preocupação
em relação a elevação nos preços dos imóveis. Além disso, os congressistas
analisam os efeitos da proposta na Zona Franca de Manaus, assim como as
consequências para as Áreas de Livre Comércio.
As discussões também têm se voltado
para questões relacionadas à isenção de impostos para determinados setores ou
produtos. Com efeito, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também
deve ser impactado diante do novo formato de cobrança de impostos em análise
pelo parlamento.
Diante disso, surge um novo
questionamento: como deve ficar a situação do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), uma vez que parte dessa verba repassada aos municípios é
composta pelo que a União arrecada com o IPI?
Na avaliação do advogado especialista
em direito previdenciário e tributário, Ubiratãn Dias, a ideia é que, com a
regulamentação da reforma tributária, o IPI seja substituído pelo Imposto
Seletivo (IS) de forma gradual. No caso, o IS passará a incidir sobre produtos
específicos, como cigarros e bebidas alcoólicas, por exemplo.
“As propostas de regulamentação da
reforma tributária indicam que o FPM será ajustado para incluir a arrecadação
do novo Imposto Seletivo e a compensação por eventuais mudanças no Imposto de
Renda. O objetivo é garantir a continuidade do repasse de recursos para os
municípios”, destaca.
“Com a substituição do IPI e ajustes
no Imposto de Renda, o FPM será composto por uma nova base de arrecadação,
incluindo o Imposto Seletivo. A proposta também prevê um aumento na parcela de
repasses da União ao FPM, garantindo que os municípios não sejam prejudicados
com a reforma”, complementa.
Fonte: Brasil 61
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