Após desgastes, pasta de Educação e saúde ainda sem definição no novo governo PTista do RN

 

Em menos de uma semana para tomar posse em sua nova gestão, a governadora Fátima Bezerra (PT) ainda não concluiu os nomes para seu secretariado. Até ontem (26), apenas dez nomes foram revelados num universo de 21 secretarias e 29 autarquias e órgãos indiretos da administração. Duas pastas de forte impacto, a Saúde (Sesap) e a Educação (SEEC), devem permanecer na cota do PT, mas com novos titulares. Ainda nesta semana, Fátima deverá sentar com seu vice diplomado, o ainda deputado Walter Alves (MDB), para definir o espaço da legenda no Governo.


Consideradas duas das mais importantes, a Saúde e a Educação ainda não tiveram a confirmação sobre quem serão seus titulares. Existe a expectativa de que o médico Cipriano Maia não permaneça à frente da Saúde estadual e o mesmo se aplica ao professor Getúlio Marques, na Educação. As duas pastas sofreram desgaste nos últimos anos.


Educação




A Educação ainda amarga o atraso no aprendizado que a pandemia provocou com a suspensão das aulas e a mudança no formato de ensino que não foi absorvido pela comunidade escolar de forma satisfatória. As críticas sobre a morosidade no retorno às aulas e dificuldades em garantir acesso e disponibilidade de ensino remoto desgastaram ainda mais o secretário Getúlio Marques. Com isso, o Rio Grande do Norte sofreu o revés de fechar o  Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), divulgado em 2021, com a pior nota do País no Ensino Médio Público.

O Estado obteve apenas 2,8 como média, desempenho abaixo das médias brasileira  e do Nordeste para o mesmo recorte, que ficaram em 3,9 e 3,8, respectivamente. Em termos comparativos, o Paraná obteve o melhor desempenho do Brasil entre estudantes de escolas estaduais, com nota 4,6.


Já na Saúde

 



O Estado teve problemas para conseguir abrir leitos de imediato e atender os pacientes covid. Foi cogitado montar um hospital de campanha no antigo Papi, ideia rechaçada pelos proprietários do prédio antes mesmo do Governo tratar mais detalhadamente do assunto. Depois disso, a aposta foi montar o hospital de campanha na Arena das Dunas, o que também se mostrou inviável. Para piorar a situação do Governo, a Prefeitura do Natal montou e começou a receber pacientes em um hospital de campanha em hotel na Via Costeira. O Governo do Estado precisou se desdobrar para ampliar a rede nos hospitais já existentes, com estrutura sendo viabilizada e ampliada no transcorrer da pandemia, o que atrasou no atendimento de parte da população.



Além disso, o escândalo dos respiradores comprados via Consórcio Nordeste também arranhou a imagem da pasta. O Estado pagou quase R$ 5 milhões por 30 respiradores que nunca foram entregues. Uma CPI na Assembleia Legislativa pediu o indiciamento da governadora e do secretário de Saúde, além de empresários e gestores do Consórcio Nordeste.



Outro escândalo também prejudicou o trabalho da Sesap no combate à pandemia. A Polícia Federal deflagrou operação Lectus no ano passado, para apurar supostas irregularidades na contratação de empresa para implantação de leitos de UTI no Hospital da PM e no Hospital João Machado, em Natal, envolvendo duas servidoras que foram afastadas. O prejuízo causado aos cofres públicos teria sido de R$ 4 milhões, segundo a Controladoria Geral da União (CGU).



Fonte TN

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.