Segundo o Antagonista, Eleições em 2020 ainda é uma incógnita
O
debate sobre adiamento das eleições municipais, ainda marcadas para outubro, vai
esbarrar em um outro: o de prorrogação dos atuais mandatos.
O site Antagonista vem registrando em sua página alguns entendimentos, questionamentos e posições sobre as eleições de 2020. Dos quais identifico alguns que foram destaques nos últimos dias.
O site Antagonista vem registrando em sua página alguns entendimentos, questionamentos e posições sobre as eleições de 2020. Dos quais identifico alguns que foram destaques nos últimos dias.
Segue;
“Não
vejo perspectiva e condições de eleição em outubro deste ano. A
atipicidade da situação autoriza pensarmos na prorrogação de mandatos e
coincidência de eleições em 2022”, disse o líder do DEM no Senado, Rodrigo
Pacheco.
Toda
essa discussão ficou para ser feita, inicialmente, em junho, quando as
lideranças partidárias acreditavam que a pandemia já fosse estar em declínio.
Mas hoje, 8 de maio, não há garantia alguma desse prognóstico.
Veneziano
Vital do Rêgo, líder no Senado de bloco partidário com PSB, Patriota,
Cidadania, Rede, PDT e PSB, defende eleições em dezembro:
“Caso
não haja condições de realizarmos as eleições em outubro, transferiremos o
pleito para o mês de dezembro. Mas não dá para fazer uma eleição eminentemente
virtual, não seria uma eleição plena.”
Mas
Nos
bastidores, se dá como certo que as eleições não ocorrerão em outubro.
“Se
a pandemia não tiver entrado numa curva de declínio, será impossível fazer a
eleição em outubro. Vamos esperar a primeira quinzena de junho para ver se a
gente tem alguma mudança na curva. O correto seria adiarmos, sempre respeitando
os 45 dias para campanha. Sou contrário à prorrogação dos
mandatos, as pessoas foram eleitas para quatro anos”, afirmou o líder do
PSDB na Câmara, Carlos Sampaio.
No
entanto
O
Cidadania também é contra cogitar prorrogação dos mandatos atuais.
“O
Cidadania é contra qualquer prorrogação de mandatos ou qualquer alteração no
calendário eleitoral que signifique quebrar a alternância democrática das
eleições. O calendário pode ter ajustes, estamos abertos a isso, mas as
eleições precisam ser realizadas neste ano”, disse o deputado Arnaldo Jardim,
líder da bancada na Câmara.
A
senadora Eliziane Gama, líder do Cidadania no Senado, concorda: “Ainda temos
tempo. Agora, o momento é de enfrentamento da pandemia. Acho provável o
adiamento das eleições, mas prorrogar mandatos é debate que definitivamente não
cabe”.
TSE
Luís
Roberto Barroso, que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral durante as
eleições, disse que o Congresso é que decidirá sobre o tema. Otto Alencar,
líder do PSD no Senado, defende que o TSE tem condições de adiar as eleições.
“Isso
aí é decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Acho que em novembro e em dezembro
estaremos numa fase de mais silêncio epidemiológico. Mas se a pandemia
continuar em expansão, terá de ser feito o debate da prorrogação de mandatos
que, a meu ver, só poderia ocorrer por meio de nova Assembleia Constituinte.
Espero que isso não venha a acontecer”, afirmou.
Resultado
sobre eleições poderá sair em Julho
O
senador Alvaro Dias, líder do Podemos, acredita que uma decisão só poderá ser
tomada na segunda quinzena de julho.
“Se
houver flexibilização do isolamento e a maioria dos brasileiros voltar para o
trabalho e para as ruas, não haverá razão para o adiamento. Se ocorrer
agravamento da situação, o bom senso certamente recomendará o adiamento.” O
Novo não considera “democrático” falar em prorrogação de mandatos.
“Sou
favorável a realizar a eleição neste ano, de forma a garantir que as durações
dos mandatos sejam respeitadas. Adiar por um ou dois meses, se necessário, por
conta da pandemia, não vejo problema. Agora, prorrogar mandatos não seria
democrático”, disse o deputado Paulo Ganime, líder do partido na Câmara.
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