Bolsonaro se reúne com governadores para discutir ajuda financeira; “É urgente a sanção do presidente”, diz Fátima
O presidente
Jair Bolsonaro se reunirá nesta quinta-feira (21) com governadores para
debater sobre medidas relacionadas ao enfrentamento do novo coronavírus. A
reabertura da economia e ajuda financeira aos estados e municípios serão os
principais temas da reunião, que está marcada para começar às 10h (veja vídeo
acima).
De
acordo com o projeto aprovado pelo Congresso Nacional, o
Rio Grande do Norte será beneficiado com aproximadamente R$ 946 milhões, em
quatro parcelas mensais. Desse valor, R$ 597 milhões serão encaminhados para o
Governo do Estado e R$ 349 milhões serão rateados entre os 167 municípios.
“É
urgente a sanção do presidente ao auxílio emergencial aos estados”, disse
Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte.
O
plano de socorro aos estados, que estabelece a distribuição de R$ 60 bilhões,
foi aprovado no dia 6 de maio em sessão extraordinária no Senado
Federal e, desde então, aguarda sanção presidencial.
Bolsonaro
tem adiado a ratificação do projeto e afirmou, cinco dias depois da aprovação
pelos senadores, que vetaria um dos itens do plano, o reajuste de
servidores públicos.
O
governador João Doria disse que a mensagem que São Paulo levará à reunião será
“de paz, harmonia e entendimento”. “Temos que estar juntos para salvar vidas.
Não é hora de politizar, brigar, estabelecer disputar. Temos que estar juntos”,
defendeu.
O
atraso em sancionar o plano de socorro também foi criticado pelo presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta terça-feira (19). O deputado
disse esperar que a sanção ocorra ainda nesta semana, caso contrário, há risco
de, em caso de demora, de gerar a necessidade de um novo projeto.
“O
presidente deve ter seus motivos para estar adiando. Agora, quanto mais você
adiar o apoio a estados e municípios, como a arrecadação vem caindo, alguns vão
ficar em uma situação muito ruim, e isso pode gerar uma necessidade de uma
segunda medida de apoio, não seria o ideal”, disse Maia.
A
CNM (Confederação Nacional dos Municípios), entidade que representa mais de
5.000 prefeitos do Brasil, encaminhou na última segunda-feira (18) ao
presidente um pedido para que ele vete o reajuste salarial aos
servidores públicos, previsto no plano de socorro.
A
entidade avalia como inoportuno “qualquer aumento de salários e concessão de
bônus ou gratificações a agentes públicos” em um momento em que considera as
perdas de receita “imensuráveis” e avalia, ainda, que as perdas de renda das
famílias brasileiras e das empresas ainda são “imprevisíveis”.
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