Professores estabelecem reivindicações para vencedor das eleições ao governo
O site Agora RN destaca em sua página online que Educação
pública de qualidade referenciada para os filhos dos trabalhadores, equiparação
do piso dos professores com as demais profissões até 2020, aumento do
investimento em educação de 5% para 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Essas
são as principais pautas que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública
do RN (Sinte) vai entregar ao candidato vencedor das eleições, seja Fátima
Bezerra ou Carlos Eduardo Alves.
De
acordo com o coordenador geral do Sinte, José Teixeira da Silva, existem muitas
preocupações dos profissionais de educação no plano federal, principalmente se
o candidato Jair Bolsonaro vencer as eleições. Uma delas está relacionada às
universidades federais, que seriam privatizadas e o governo não teria mais atribuições
com instituições de ensino superior. A outra está ligada ao ensino fundamental,
no qual o programa de Bolsonaro defende um ensino à distância, o que para José
Teixeira significa “criança longe da escola”.
Esse
ponto no programa de Bolsonaro tem gerado preocupações entre os professores,
principalmente porque o piso salarial do magistério precisa ser revisto. Na
avaliação de José Teixeira, o caminho a seguir é o de ensino em tempo integral
e escolas públicas profissionalizantes. A correção do piso dos professores este
ano será de 7,8%, mas, para o próximo, a previsão é que fique em apenas 4,9%.
Os professores querem o salarial igual ao dos profissionais liberais quando
entram no mercado de trabalho, cuja média é de R$ 5 mil para os engenheiros,
por exemplo, enquanto que para o valor mal chega à metade.
Os
professores também vão exigir – do vencedor das eleições estaduais – uma melhor
estrutura física para o trabalho, estrutura pedagógica, formação inicial e
continuada para os profissionais, além da valorização salarial. “Estamos sempre
dispostos a negociar, mas não podemos admitir intransigências de governos. Se
Bolsonaro vencer e adotar a intolerância e os governadores apoiarem isso, sem
dúvida teremos problemas, mas vamos vencê-los”, disse José Teixeira.