segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
Orçamento, segurança pública e combate ao crime organizado devem dominar a agenda do Congresso
O presidente do Senado, Davi
Alcolumbre, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, intensificaram as
articulações com líderes partidários e integrantes da Comissão Mista de
Orçamento para tentar acelerar a tramitação da Lei Orçamentária Anual de 2026
(PLN
15/2025), que prevê uma receita total de R$ 6,530 trilhões para o
próximo ano.
A expectativa é que, se houver avanço
nas negociações, o texto possa ser votado até o dia 17 de dezembro,
prazo que ainda permitiria o envio à sanção presidencial até o dia 22, como
prevê a Constituição. A corrida ocorre após atrasos na agenda: a LDO deste ano
só foi aprovada quatro meses depois do previsto e a LOA de 2025 chegou a
ser votada apenas em março, obrigando o governo a limitar gastos.
Segurança pública deve monopolizar
debates
Na Câmara, a PEC
18/2025 — a chamada PEC da Segurança Pública — terá nova rodada
de discussões na terça-feira, 9 de dezembro. A reunião de líderes marcada
para a semana passada foi adiada por Hugo Motta, que decidiu dar mais tempo
para amadurecer o texto e buscar um acordo que evite resistência das bancadas.
Também sem consenso segue o debate
sobre o PL
da Anistia. O relator, Paulinho da Força, reforçou que não colocará o
texto em votação enquanto o PL insistir em uma anistia geral e irrestrita para
investigados e condenados por atos antidemocráticos.
No Senado, o foco estará no chamado PL
Antifacção, que cria um marco legal para o enfrentamento ao crime
organizado. A CCJ adiou a votação para o dia 10 de dezembro após
divergências políticas envolvendo governo e oposição. Depois da análise na
comissão, o texto segue ao plenário e, se alterado, retorna à Câmara.
Ainda na terça-feira, dia 9, a CPI do
Crime Organizado ouve o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo
Lewandowski, em uma das oitivas mais aguardadas da comissão.
Fonte: Brasil 61

