terça-feira, 9 de dezembro de 2025
Operação Fake Hold expõe um método que já assusta a classe política do RN e pode movimentar o tabuleiro eleitoral de 2026
A Operação Fake Hold não apenas
sacudiu Brasília; ela acendeu um farol incômodo no Rio Grande do Norte. E não é
qualquer farol: é aquele que ilumina o que muitos prefeririam manter no escuro.
A PF e a CGU mostraram que o modelo de investigação está dado — técnico,
silencioso e baseado em auditorias detalhadas — e isso deixou a classe política
potiguar em estado de tensão permanente.
Nos corredores, ninguém admite
publicamente, mas o clima é de apreensão. O uso recorrente dos relatórios da
CGU como gatilho para novas operações abriu uma porta que não fecha mais. E,
dentro desse pacote, há um documento velho conhecido de quem acompanha as
movimentações em Brasília: a auditoria que destrincha o esquema de
pavimentações superfaturadas executadas pela Codevasf em dez estados. Entre
eles, o RN. Tudo amarrado a emendas parlamentares que, oficialmente, deveriam
ter fortalecido os municípios, mas que agora podem virar prova em um processo
maior.
É essa peça — já pronta, já analisada,
já conectada às Potiguares — que desperta o verdadeiro medo. Se o padrão da
Fake Hold for repetido, o próximo alvo pode estar aqui, no quintal político
potiguar. E, com 2026 batendo à porta, qualquer operação federal capaz de
revelar quem fez o quê com o dinheiro público pode reorganizar o tabuleiro sem
pedir licença.
No fundo, todos sabem: a história só
está começando. O método está desenhado, a munição técnica existe e o silêncio
dos bastidores diz mais do que qualquer nota oficial. Agora, resta ver quem
será chamado pelo nome no próximo capítulo.

