segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Crise de articulação e adiamentos marcam a semana no Congresso
A Comissão Mista de Orçamento (CMO)
adiou para terça-feira (21) a votação do relatório da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. O impasse gira em torno das emendas
parlamentares e do ajuste fiscal, agravado pela perda de validade da
MP 1.303/2025, que previa arrecadação extra de R$ 17 bilhões.
Na CPMI do INSS, o governo
conseguiu conter a oposição ao barrar a convocação de Frei Chico, irmão
do presidente Lula, por 19 votos a 11. A decisão reforça a
influência do Planalto sobre a comissão, enquanto a oposição promete reagir com
novos requerimentos e pedidos de documentos.
Na Câmara dos Deputados, o
presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) anunciou que vai colocar em
votação a urgência do PL 5041/2025, que garante o transporte gratuito
de mala de mão e item pessoal em voos. O texto proíbe tarifas que excluam
esse direito do consumidor.
Já a votação dos vetos
presidenciais à Lei Geral do Licenciamento Ambiental foi novamente adiada.
O governo tenta evitar desgaste político em meio às negociações e à proximidade
da COP30, em Belém.
Por fim, o projeto da anistia aos
condenados pelos atos de 8 de janeiro segue travado. O relator Paulinho
da Força (Solidariedade-SP) ainda não apresentou o parecer final, que deve
propor redução de penas, mas sem consenso entre Câmara e Senado, o tema
deve continuar sem avanço nos próximos dias.
Cenário geral: O Congresso
vive uma semana de tensões políticas, adiamentos estratégicos e disputas por
espaço entre o Planalto e as lideranças partidárias.

.jpg)