Governadora anuncia recuperação de rodovias em Macau, mas silêncio sobre crise hídrica continua

A governadora Fátima Bezerra anunciou a inclusão de Macau na nova etapa do maior programa de recuperação de rodovias do Rio Grande do Norte. Dois trechos estratégicos estão no pacote: a estrada Macau – Ilha de Santana e o acesso Macau – Praia de Camapum.

Bastou a confirmação dessas obras para os “caroneiros de plantão” já começarem a levantar a bandeira de que foram eles os autores do pedido. Mas curiosamente, essas mesmas lideranças que agora querem ser “pais da obra” se calam diante de um problema muito mais grave e antigo: a falta d'água que aflige o povo macauense.

Enquanto a recuperação das estradas garante visibilidade e holofote, ninguém quer “comprar a briga” para resolver a questão da adutora velha e ultrapassada, responsável por um sofrimento diário para a população salineira.

É sempre assim: quando a notícia é boa, chove pai e mãe da obra. Mas quando se trata de enfrentar a dura realidade da crise hídrica que castiga a cidade há anos, o silêncio é ensurdecedor.

As obras anunciadas pela governadora têm previsão de início para outubro e prometem mais segurança, mobilidade e fortalecimento do turismo. Mas fica a pergunta: quando vão tratar a água com a mesma urgência que tratam o asfalto?