segunda-feira, 21 de abril de 2025

Fátima Bezerra lamenta morte do Papa Francisco; entenda o Conclave e a escolha do novo líder da Igreja

 


A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), lamentou a morte do Papa Francisco em publicação nas redes sociais. A chefe do Executivo estadual ressaltou o papel do pontífice como referência de solidariedade, compaixão e compromisso social.

“Papa Francisco foi mais do que um líder da Igreja; foi um farol de esperança e compaixão, sempre ao lado dos mais humildes e necessitados. Sua luta incansável por paz, justiça social e dignidade humana tocou o coração de milhões, inspirando-nos a sermos melhores uns para os outros”, escreveu Fátima.

O Papa Francisco faleceu na manhã desta segunda-feira, no Vaticano, conforme anunciado oficialmente pelo camerlengo da Santa Sé, cardeal Kevin Farrell. O líder católico havia deixado recentemente uma internação após tratamento contra uma pneumonia. Sua trajetória foi marcada por um pontificado voltado ao diálogo, defesa dos direitos humanos e atenção aos mais pobres.


O que acontece após a morte de um papa?




Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira 21, a Igreja Católica inicia um processo histórico, repleto de rituais e tradições, para definir seu próximo líder. O primeiro passo é o período chamado de Sé Vacante, no qual a sede papal permanece oficialmente vaga até a escolha de um novo pontífice, por meio do Conclave — reunião restrita de cardeais com essa atribuição.

Durante a Sé Vacante, a administração do Vaticano fica sob responsabilidade do camerlengo — atualmente o cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell — que confirma oficialmente a morte do papa, organiza o funeral, supervisiona os nove dias de luto e missas, conhecidos como novendiales, e conduz os preparativos para o Conclave.

O Conclave deve ocorrer em até 20 dias após a morte do pontífice. Nele, participam apenas os cardeais com menos de 80 anos, que se reúnem em total sigilo no Vaticano, sem acesso a telefones, internet ou qualquer contato externo. As votações são realizadas na Capela Sistina, duas vezes ao dia, e o novo papa só é eleito quando alcança pelo menos dois terços dos votos.

Se a escolha se prolongar, o regulamento permite uma pausa para orações e reflexões. Caso o impasse persista após 34 votações, apenas os dois cardeais mais votados seguem na disputa, mantendo-se a exigência de dois terços para a eleição.

Quando um cardeal aceita ser eleito, ele escolhe o nome pelo qual será conhecido e se veste com os trajes papais na chamada Sala das Lágrimas. Em seguida, é apresentado ao mundo na varanda central da Basílica de São Pedro, em Roma, com a tradicional proclamação em latim: “Habemus Papam!” — temos um papa.

O detalhe

Até esse anúncio, a Igreja vive um período de luto e expectativa, enquanto o Colégio dos Cardeais se organiza para eleger não apenas o novo líder espiritual de mais de um bilhão de católicos, mas também uma importante figura política e moral no cenário mundial.