terça-feira, 28 de abril de 2020
O Lixo de Ouro não é só em Macau, Carnaubais segue o mesmo caminho e se transforma na maior sujeira administrativa de sua história
Uma
discussão que chama atenção dos macauenses refere-se aos valores pagos a
empresa que realiza coleta de lixo na cidade salineira de Macau, questionamentos
que não se trata apenas na cidade do sal.
Carnaubais
no mesmo caminho
Com
a arrecadação de R$ 38 milhões em royalties, somente da produção de petróleo,
em quase 40 meses de gestão, o município de Carnaubais, localizado no Vale do
Açu, paga na gestão do prefeito Thiago Meira Mangueira, uma coleta de lixo
milionário, segundo questiona o advogado Igor Bandeira, que foi assessor
jurídico da prefeitura.
Segundo
o advogado, o município paga mensalmente a Associação dos Catadores de
Materiais Reciclados, constituída no município de Assu, a importância de R$
239.359,70 (duzentos e trinta e nove mil, trezentos e trinta e nove reais e
setenta centavos) pela limpeza pública.
Segundo
o advogado, há estudos que comprovam que com 80 mil/mês daria a prefeitura
fazer a limpeza urbana do município. “Essa associação foi criada em junho de
2018, e um mês depois a Câmara de Vereadores aprovou um título de Utilidade
Pública e já no dia 04 de agosto, a mesma associação assina contrato com a
Prefeitura de Carnaubais nesse montante”, denunciou.
“É
um lixo de ouro, um negócio misterioso. Por que criar uma associação com a
única finalidade de prestar serviço a Prefeitura de Carnaubais?”, questiona
Igor Bandeira. Segundo o advogado, o contrato milionário está sob investigação
no Ministério Público.
Igor
Bandeira reforça a denúncia, afirmando que já está no Ministério Público um
segundo inquérito que investiga o contrato de limpeza urbana com a empresa Alfa
Ômega, onde a prefeitura pagava no início da atual gestão R$ 140 mil/mês.
Segundo Igor, somente com a limpeza urbana, dos R$ 38 milhões que entraram em
royalties da Petróleo na prefeitura, o município já gastou cerca de R$ 6
milhões em pouco mais de três anos com a limpeza urbana.
Os
inquéritos do MP, os quais se referem o advogado Higor Bandeira, na live onde
apresentou essas denúncias no seu perfil do Facebook estão em segredo de
justiça na Comarca do município de Assu, no Vale do Açú.


