Educação: Ministro bate o pé e não adia o ENEM em 2020
Em
vídeo postado no Twitter, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu
um recado que chacoalhou milhões de lares com jovens que se preparam para
enfrentar o mais tenso de todos os desafios da vida estudantil, o Enem.
O
ministro avisou que o cronograma do exame, que serve de passaporte para o
ingresso na maioria das universidades do país, seguiria inabalado, nos dias 1º
e 8 de novembro.
“Eu
sei que o coronavírus atrapalha um pouco, mas atrapalha todo mundo. Como é
uma competição, tá justo”, argumentou Weintraub. A afirmação foi logo demolida
por especialistas que trouxeram à luz a dura realidade destes tempos de
confinamento: a turma está penando para aprender a estudar longe da escola.
O
detalhe
A
reportagem da VEJA dá destaque que muita gente segue acompanhando as aulas no
laptop ou no smartphone, sempre na reclusão de casa, como reza a cartilha do
combate ao vírus — mas isso se dá em condições distantes das ideais,
especialmente para quem frequenta um colégio público.
Muitas
secretarias estaduais ainda se organizam para oferecer as matérias on-line e,
mesmo as que já estão dando conta da virada, esbarram em obstáculos
elementares: mais de um terço dos domicílios brasileiros não tem sequer acesso
à internet. Como essa multidão off-line poderá acessar a lição virtual e estar
apta a enfrentar o Enem logo mais?
Mas
“A
decisão de manter intocada a data da prova contém uma alienação em relação ao
que está acontecendo e é claramente excludente com os mais pobres”, avalia João
Marcelo Borges, diretor de estratégia política da ONG Todos pela Educação.
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