Reforma da Previdência, quem votou contra policiais e professores?
Apesar de ter gerado ruídos entre o
governo e os policiais e de ter sido rejeitada na comissão especial da reforma da Previdência nesta quinta-feira (4),
a tentativa de criar regras especiais de aposentadoria para os profissionais da
segurança pública não será abandonada pela bancada governista. A ideia dos
parlamentares é voltar a discutir o assunto quando a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/2019 for apreciada no plenário da Câmara.
Quem votou contra os policiais
Por 31 votos a 17( veja lista aqui), os deputados rejeitaram a criação de regras especiais para
profissionais que exercem atividades ligadas à segurança pública, entre eles Policiais federais, policiais rodoviários federais, servidores da Agência Brasileira
de Inteligência (Abin), policiais legislativos, policiais civis, PMs e
bombeiros, agentes de trânsito, agentes penitenciários, agentes
socioeducativos, oficiais de justiça e guardas municipais.
Os cinco representantes do partido do
presidente Jair Bolsonaro, o PSL, votaram contra a o benefício para a
categoria. Entre eles, os líderes do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (GO),
e no Congresso,Joice Hasselmann(SP). Joice chegou a ser chamada de “traidora” por
policiais, a exemplo do que já havia ocorrido com o próprio Bolsonaro.
Após a votação a Federação dos Policiais Rodoviários Federais chamou o PSL de
"partido traidor da segurança pública brasileira".
Quem votou contra os professores
Por 30 votos a 18(veja lista aqui), a comissão especial da eforma da previdência (PEC 6/19) rejeitou o destaque que pretendia excluir os
professores das futuras regras previdenciárias. O destaque apresentado pelo
Partido Liberal (PL) previa a manutenção das regras constitucionais de
aposentadoria para os professores - 25 anos de contribuição para mulheres e 30
para homens, sem exigência de idade mínima.
O texto original da reforma exigia
idade mínima de 60 anos e 30 anos de contribuição para ambos os sexos. Conforme
o parecer aprovado pela comissão no início desta tarde, as professoras poderão
se aposentar com 57 anos de idade e 25 de contribuição. Já os professores, com 60
de idade e 30 de contribuição. Os profissionais terão de comprovar efetivo
exercício na educação infantil ou nos ensinos médio e fundamental.