quarta-feira, 26 de novembro de 2025
O engodo continua: A cassação sem fim da vereadora Brisa Bracchi na CM de Natal
A Câmara Municipal de Natal resolveu, mais uma vez, pegar a estrada conhecida: abrir outro processo de cassação contra Brisa Bracchi. Parece até aqueles seriados que ninguém aguenta mais, mas que sempre recebem uma temporada nova “porque dá audiência”.
Foram 19 vereadores animados, 6 que não entraram na onda e 3 que,
convenientemente, não estavam nem na sala — talvez para evitar dor de cabeça ou
porque já sabiam que a novela ia recomeçar.
Agora, segue-se o ritual: abre-se a Comissão
Especial Processante, sorteia-se três “sortudos” para cuidar do caso e
dá-lhe papel, relatório e reuniões. Tudo dentro do prazo clássico de até 90
dias, como manda o velho Decreto-Lei de 1967 — que, aliás, já viu tanta
política que deve assistir a esses episódios rindo por dentro.
O mais curioso é que, mesmo com todo
esse formalismo, a impressão geral é de déjà vu. Parece aquele truque repetido
de mágico ruim, em que todo mundo já sabe o que vem, mas ele insiste em fazer
pose dramática. A sensação de engodo continua firme, viva e ensaiada,
como se o objetivo fosse menos obter um resultado e mais manter Brisa no eterno
carrossel de desgaste político.
No fim, a Câmara segue atuando como um
teatro onde alguns vereadores interpretam zelo institucional e outros tentam
parecer indignados. Enquanto isso, o público — o eleitor — assiste de camarote
a mais um capítulo da série “Cassação Sem Fim”, produzida e estrelada pelo
Legislativo natalense.

