sexta-feira, 4 de julho de 2025

" Quem não tem mandato precisa se juntar para ter chance", destaca ex-deputado Kelps Lima

 


Líder do partido Solidariedade no Rio Grande do Norte, o ex-deputado estadual Kelps Lima confirmou nesta quinta-feira 3, em entrevista ao AGORA RN, que deverá ser candidato a deputado federal em 2026. Ele defende uma união de nomes para formar uma chapa competitiva e, assim, ter chances de conquistar ao menos uma cadeira no Congresso.

Entre os nomes que estão dialogando para compor a mesma chapa, estão: Kelps Lima, o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo, o ex-deputado federal Rafael Motta e o sindicalista da pesca Abraão Lincoln. Ao todo, a chapa poderá ter até 11 nomes – sendo no mínimo 4 mulheres.

Kelps ressaltou que a última disputa, em 2022, lhe trouxe lições importantes. Ele lembrou que foi o 8º mais votado (quase 80 mil votos), mas não se elegeu porque a chapa do Solidariedade não conseguiu os votos suficientes. Para 2026, ele vê um cenário diferente: “Aumentaram as vagas, isso facilitou muito. Se tivessem 10 vagas na eleição passada, eu teria sido eleito na 6ª vaga. Mas eleição é eleição, e tem que montar nominata. Esse é um desafio que não é pequeno”.

Por isso, ele defende uma união de nomes fortes para que a chapa fique competitiva. Ele afirma que o cenário se torna ainda mais desafiador porque já há três chapas fortes praticamente prontas: a encabeçada pelo PT, a da federação União-PP e a do PL. Os atuais oito deputados federais já estão filiados a essas siglas.

“A estrutura de deputado federal com mandato ficou uma coisa muito distante de quem não tem mandato. Então, ou quem não tem mandato se junta, ou é muito difícil entrar numa chapa de quem tem mandato. No Rio Grande do Norte, só cabem quatro chapas. Três já ficam formadas. Então, quem não tem mandato só tem chance se vier fazer outro grupo, independente das diferenças pessoais”, declarou Kelps.

Ele explicou que, como há poucas chapas viáveis, é imprescindível que quem deseja concorrer sem ter mandato atualmente se una em um grupo coeso para ter condições reais de disputar, mesmo que existam diferenças entre os nomes: “Essa é uma lógica que não precisa nem um gênio para fazer. O que a gente está fazendo? Sentando, conversando, vendo onde couber melhor de acordo com o jogo nacional.”