segunda-feira, 22 de agosto de 2022
Lei do Silêncio Positivo vai ajudar a democratizar internet no Brasil
Na
prática, o 5G vai chegar aos poucos. A obrigação de cobertura em 2022, segundo
o edital da Anatel, é de uma antena a cada 100 mil habitantes e apenas nas
capitais brasileiras. Mas o mesmo edital obriga as operadoras que venceram o
certame a levar o 4G a todas as localidades com mais de 600 habitantes já a
partir do ano que vem. E elas são muitas: segundo a Associação Brasileira de
Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), são mais de 7.000, incluindo a
periferia de grandes cidades.
É neste ponto que entra a Lei 14.424, que autoriza a instalação de infraestrutura de telecomunicações em áreas urbanas, caso o órgão competente não se manifeste em 60 dias.
O chamado silêncio positivo vai gerar um círculo virtuoso da
conectividade para mudar a indústria, o comércio e a vida das pessoas como um
todo. Para cumprir a obrigatoriedade de levar o 4G onde ainda não há, as
operadoras vão precisar instalar mais torres e postes, infraestruturas que não
recebem autorização em municípios com legislação defasada. Torres que, nos
próximos dois ou três anos, também servirão para a chegada do 5G em peso,
quando a obrigação de cobertura aumenta – em 2025 a tecnologia de quinta
geração chega a cidades com mais de 500 mil habitantes, com uma antena para
cada 10 mil habitantes.