quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
Copom aumenta taxa básica de juros para 9,25% ao ano; a sétima alta consecutiva
Com
o aumento da inflação, o Banco Central fez mais um ajuste nos juros básicos
para tentar segurar a alta dos preços. Por unanimidade, o Comitê de Política
Monetária (Copom) elevou nesta quarta-feira, 8, a taxa básica de juros, a
Selic, de 7,75% para 9,25% ao ano. A decisão era esperada por analistas do mercado financeiro.
Esse
foi o sétimo reajuste consecutivo na taxa Selic, depois de passar seis anos sem
elevação. De março a junho, o Copom elevou a taxa em 0,75 ponto percentual em
cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a
cada reunião. Na última reunião, em outubro, o reajuste chegou a 1,25 ponto percentual.
A
Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação
oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em
outubro, o índice ficou em 1,25%, o maior para o mês desde 2002
(1,31%). Em 12 meses, o IPCA chegou a 10,67%.
Para
o mercado financeiro, o IPCA deve chegar a 10,18%, neste ano. Tanto o resultado
em 12 meses quanto a previsão para o ano estão acima do teto da meta de
inflação para o ano. Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a
meta de inflação em 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou
seja, o limite superior é 5,25% e o inferior, 2,25%.
Crédito
mais caro
A
elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores
encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado,
taxas mais altas dificultam a recuperação da economia.
Ao
reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o
consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a
autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e
não correm risco de subir.
A
taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema
Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais
taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o
excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o
crédito e estimulam a poupança.
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