segunda-feira, 29 de novembro de 2021
Numa nova fase; Hospital Walfredo Gurgel terá regulação a partir de dezembro
O jornal de fato destaca que a partir do início de dezembro a saúde pública do Rio Grande do Norte entra em
uma nova fase. Para cumprir uma decisão que remonta a processos judiciais do
fim dos anos 1990, a Secretaria de Estado da Saúde Pública e o Ministério
Público firmaram um acordo para, até dia 15 próximo, fazer a regulação da porta
de entrada do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel.
Em
suma, o plano consiste em regular o acesso ao hospital para pacientes que já
tenham passado por outros serviços de saúde e sejam referenciados para o
Walfredo Gurgel pela gravidade e tipo de atendimento que seja do perfil da
unidade, desafogando o hospital de casos leves, que historicamente absorveu e
absorve, e a consequente superlotação dos corredores. A medida, no entanto, não
barra o atendimento de urgência que seja conduzido pelo SAMU para o local,
mantendo o perfil de hospital para atendimento de traumas de alta complexidade.
O
documento judicial que norteia a medida pontua que entre janeiro e julho deste
ano o hospital realizou 35.351 atendimentos - média de 5.050 por mês -, dos
quais 18.459 foram avaliados como de baixo risco - 52% dos atendimentos.
Os
casos que eventualmente sigam chegando ao hospital deverão ser acolhidos e
encaminhados para os locais recomendados, como Unidades de Pronto Atendimento, postos
de saúde ou outros. A medida já é consolidada em unidades públicas como, por
exemplo, nos hospitais Giselda Trigueiro, na área de infectologia, e Maria
Alice Fernandes, no atendimento infantil. Outra unidade que também funciona na
capital como porta referenciada é o Hospital Municipal de Natal.
Principal
unidade de saúde potiguar, o Walfredo, como é popularmente tratado,
consolidou-se ao longo dos anos por ter uma porta de atendimento de alta
resposta que recebe todos os tipos de casos. No entanto, de acordo com o
desenho de rede, o hospital inaugurado no início da década de 1970 é formatado
para atender urgências e traumas de alta complexidade - acidentes de trânsito,
ferimentos por arma de fogo, traumas ortopédicos graves -, além de acidentes
vasculares.
"Esse
é um processo no qual estamos trabalhando há muito tempo, em conjunto com o
Ministério Público e com um diálogo amplo e transparente com todos os atores,
principalmente os municípios. Acima de tudo isso, está o desejo de entregar
para a população potiguar o melhor atendimento possível. O Walfredo não vai
deixar de atender o povo, apenas a situação irá mudar com o objetivo de
fortalecer o SUS", explica a secretária-adjunta de Saúde Pública, Lyane
Ramalho.