Deputados defendem que retorno às aulas deve ser avaliado “caso a caso”

 


O site congresso em foco da destaque em sua página que na semana passada a comissão externa de enfrentamento à covid-19 promoveu um debate sobre o retorno presencial das atividades escolares. O objetivo dos parlamentares era entender, com base em exemplos de outros países, as possibilidades para o cenário brasileiro.

Participaram da reunião representantes da Unicef, membros da consultoria Vozes da Educação, o embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada; o ministro na Embaixada da República da Coreia no país, Jang Lee; além de diferentes parlamentares e representantes do Ministério da Educação.

Para a a deputada Luisa Canziani (PTB-PR), membro da comissão, a reabertura das escolas depende do contexto local. "Infelizmente, [a escola] ficou para trás diante de outras retomadas econômicas", diz. Luisa aponta que não dá para impor um retorno em todo o país e que é preciso, por meio de diretrizes nacionais, cobrar do Ministério da Educação para que os gestores, governadores, prefeitos e agentes políticos "tenham a clareza de que quando houver condicionantes para reabertura, possam efetuá-la com segurança e tranquilidade".

De acordo com o presidente da comissão, Dr. Luizinho (PP-RJ), mesmo diante da positiva experiência internacional, é preciso considerar as dimensões e características do Brasil. "A estatística japonesa não tem correlação conosco. Aqui as crianças estão hoje, em sua grande maioria, principalmente alunos de escolas públicas, andando pelas comunidades, jogando bola, tocando suas vidas".

O retorno às aulas de maneira organizada, diz, "com as escolas distribuindo máscaras, fazendo controle de temperatura, distanciamento entre os bancos, estes exemplos que os japoneses trouxeram e que nós já havíamos proposto, a chance de contaminação dentro do ambiente escolar é muito pequena. Agora isso é para ser feito caso a caso, prefeitura a prefeitura, estado a estado", pondera.

Levantamento da Rede de Políticas Públicas & Sociedade mostra que na pandemia o Ministério da Educação "não orientou nem difundiu metodologias bem-sucedidas de ensino à distância". Os estados, diz o relatório, definiram suas próprias estratégias e colheram resultados diferentes com as atividades escolares realizadas remotamente.

 


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