Rede, PCdoB e outros 12 partidos têm votação insuficiente e correm risco de extinção
A
Rede, de Marina Silva, elegeu apenas a líder indígena e advogada Joênia
Wapichana (RR) e somou apenas 0,83% da votação válida para a Câmara
Um
em cada três partidos teve aproveitamento insuficiente na Câmara e corre o
risco de perder recursos e estrutura fundamentais para sua existência. Projeções
feitas pelos jornais O Globo e Folha de S.Paulo com base
nos resultados das votações indicam que 14 das 35 legendas do país não passaram
pela chamada cláusula de barreira.
Entre
eles, estão o PCdoB, de Manuela D’Ávila, vice de Fernando Haddad, a Rede, de
Marina Silva, o Patriota, do Cabo Daciolo, e o PRTB, do General Hamilton
Mourão, vice de Jair Bolsonaro (PSL).
Pela
lei aprovada pelo Congresso com o intuito de reduzir a pulverização partidária
no país, as legendas que não ultrapassarem a cláusula perdem direito ao fundo
partidário, principal fonte de financiamento das legendas, à propaganda na TV e
rádio, além do funcionamento legislativo, como gabinete partidário, estrutura
de assessores e discursos nas sessões.
O
detalhe
A
norma restringe esses benefícios aos partidos que obtiverem pelo menos 1,5% dos
votos válidos nacionais ou a eleição de no mínimo nove deputados federais em
pelo menos 9 das 27 unidades da federação. Não alcançaram esses números as
seguintes siglas: PCdoB, Patriota, PHS, PRP, PMN, PTC, Rede, PPL, DC, PRTB,
PMB, PCB, PSTU e PCO.
Ainda
há possibilidade de mudança nos cálculos, pois alguns partidos esperam pela
confirmação de votos de candidatos barrados pela Justiça eleitoral. O cenário,
porém, não deve se alterar.