Comissão do coronavírus debate medidas de retorno às aulas em escolas privadas
Durante
a reunião da Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus, na tarde desta
segunda-feira (17), foram discutidos os impactos da pandemia na educação
pública e privada do Rio Grande do Norte, bem como as condições para o retorno
das atividades escolares no Estado.
Representando o Centro de Educação Integrada - Romualdo Galvão, Cristine Rosado
apresentou argumentos a favor da retomada das aulas presenciais, sob a
concordância dos pais. “A nossa insistência para o retorno dos trabalhos se
baseia no fato de que é na escola que o aluno se desenvolve, cresce e aprende.
Além disso, depois da sua casa, é o ambiente mais seguro para o aluno estar”,
disse.
Ela destacou também os protocolos sérios e rigorosos que estão sendo utilizados
pelas instituições. “Nós só estamos pleiteando o retorno porque temos segurança
nos nossos protocolos. Nossos professores e demais funcionários já estão treinados.
Até os donos de transportes escolares foram orientados. Nós também temos
filhos. É claro que nossa maior preocupação é com a segurança das crianças e
adolescentes. E o nosso retorno vai servir de base até para apoiar a volta das
escolas públicas também”, explicou.
Por fim, Cristine Rosado enfatizou que é preciso oferecer às famílias o direito
de escolha. “A ideia é que o retorno se dê apenas com os alunos autorizados
pelos pais, obviamente. É claro que não será uma tarefa fácil. Nós vamos
trabalhar duplamente, virtual e presencialmente. Mas estamos dispostos a isso
para defendermos a Educação do nosso Estado”, concluiu.
Em seguida, o membro do comitê de escolas particulares para enfrentamento da
Covid-19, Gustavo Matias, fez um detalhamento da preparação das escolas
particulares para retomarem as atividades presenciais.
“Nós seguimos um protocolo muito rígido, baseado em países, como Japão,
Espanha, Itália, Alemanha e Estados Unidos, adaptando à realidade do Rio Grande
do Norte. Também fizemos uma parceria com o Sesi - RN (Serviço Social da
Indústria) e o Sebrae – RN (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas), para referendar nossos documentos. E todos sabem que quem mais
entende de segurança no Brasil é o Sesi”, iniciou.
Gustavo Matias contou que o Sesi - RN nomeou engenheiros de biossegurança para
ir em cada escola particular ajudar na elaboração dos seus procedimentos.
“A partir disso foi feito um protocolo específico para cada uma das
instituições de ensino. Depois, o pessoal de enfermagem do Sesi fez um
treinamento com todos os membros da nossa equipe. Eles nos ensinaram como
limpar os prédios, de quanto em quanto tempo, quais as distâncias mínimas
necessárias etc. E nós ainda extrapolamos os muros das escolas, criando um
curso específico para os donos de transportes escolares”, detalhou.
Ao final da sua fala, ele destacou a pressão de algumas famílias pelo retorno
às aulas, já que muita gente já voltou a trabalhar presencialmente, além da
dificuldade econômica por que passam as instituições.
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