Nada Menos que tudo: Livro do ex-procurador geral da república cita choro e pedido de clemência do ex-deputado Henrique Alves
“ Ele (Henrique) me pediu uma audiência e eu
concordei em recebê-lo. Chegou tenso, com o semblante carregado. Não me lembro
das palavras exatas dele nos minutos seguintes. Sei que seguiu o padrão dos
demais políticos que me visitavam com propósitos parecidos. Eles não dizem
abertamente: ‘Por favor, não me investigue’ ou ‘Por favor, me exclua dessa
investigação’. O texto é outro. Em geral, dizem que têm biografia limpa, um
nome a zelar e, por isso, não suportariam encarar mulher, filhos e amigos se
tivessem que passar pelo constrangimento de uma investigação. A regra também
era dizer que as acusações eram vagas, infundadas, frutos de uma vingança ou de
um descuido qualquer do delator. O ex-presidente da Câmara (Henrique) seguiu
essa linha”.
Situação que envolve Henrique Alves apresentada no livro do o
ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot lançado recentemente pela
editora Planeta do Brasil com o sugestivo título “Nada menos que tudo”.
O
livro destaca algumas situações desde pedidos para ele próprio(HA) não ser
investigado até uma solicitação para que não se investigasse o então presidente
da Câmara, Eduardo Cunha, passando por outros pedidos emocionados de clemência
que resultaram em cenas de choro e até o envio de uma garrafa de cachaça de
presente.
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